terça-feira, 30 de dezembro de 2008

meu joão rogério!

bateram umas saudades incalculaveis do meu joão rogério...
de todo aquele amigo que ele é!
e ao pensar nele, dei conta que estou agarrada a um passado, que de tão bom que foi, não deixa crescer...
corrijo-me : eu é que não quero crescer!
meu joão rogério volta, eu e o nosso joão nuno precisamos de ti! era tudo tão mais facil vivido por nós!
preciso de ouvir um teu : OH ADRIANA CALA-TE!
volta! tenho saudades tuas!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

leva-me contigo...

agarro a tua mão...
seguro-a com força, como se fosse a ultima vez...
deixo cair a minha cabeça sobre o teu ombro e suspiro...
e em pensamentos te imploro: não me deixes...
mas se me deixares, leva-me contigo!
sem ti não vou conseguir!

sábado, 13 de dezembro de 2008

...

sinto-me perdida...
sem rumo...


Adeus - Eugénio de Andrade


Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

uma música!

acordei...
e por entre soluços e lágrimas, deito por terra um sonho...
sonhei com uma música...
"ohh amor olha a nossa música"
por entre brincadeiras e escárnios e mal dizeres, um dia dissemos isto!
mas não sobre nós!
o nós nunca existiu...
mas eu sonhei com uma música... que podia ser a música do nosso nós!


quero deixar de sonhar com essa música... porque com o nosso nós, eu já deixei de sonhar!

.

" isso da fama vai terminando... ás vezes até o mais valente vai saindo a correr..."

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

fim!

e assim se escreveu uma história!
e não se escreveu o "viveram felizes para sempre"...
mas eu escrevi o " era uma vez"...
e o fim escreveu-se sem que o "para sempre", nem felizes, nem tristes, nem viveram, nem morreram, fosse contado, ouvido ou escrito... mas foi sonhado...
foi o fim?
fim?
porquê?
foi o fim de uma hitória em que tu nunca escreveste o "era uma vez"... e eu agora escrevo o fim.
um fim que já se escreveu!
foi o fim...




vou esperar pelo teu" era uma vez"...
porque o meu fim já o escrevi...


fim!